A Revolução Francesa marcou o fim da Idade Moderna
e foi um movimento social e político que ocorreu na França em 1789 e
derrubou o Antigo Regime, abrindo o caminho para uma sociedade moderna
com a criação do Estado democrático. Além disso, acabou influenciando
diversos lugares no mundo, com os seus ideais de “Liberdade, Igualdade,
Fraternidade” (Liberté, Egalité, Fraternité).
O
período em que ocorreu a revolução, era bastante conturbado para o
país. Regido por um regime absolutista, os franceses se viam obrigados a
pagarem impostos extremamente caros, para sustentar os luxos da
nobreza. Sob influência dos Iluministas¹ o terceiro estado se levantou
contra a opressão do absolutismo.
Os
ideais percorreram a Europa, atravessaram o oceano e chegaram a América
Latina, a qual influenciou o movimento da Inconfidência Mineira. Pelo
seu caráter difusor é que a Revolução Francesa foi e é considerada o
acontecimento que marca a passagem para a Idade Contemporânea.
Iluministas:
Grupo de filósofos e intelectuais que questionavam a ordem divina de
poder, e acreditavam que a ordem social era definida pelos homens, sendo
passível a modificações e alterações.
Como Tudo Começou?
País
agrário, com processo industrial ainda recente, a França enfrentava um
período de grandes injustiças sociais no Antigo Regime. A sociedade
regida pelo absolutismo era divida em três classes: o Clero (primeiro
estado), a Nobreza (segundo estado) e o Terceiro Estado, composto por
95% da população.
Clero: constituído por 2% da população eles era isento de pagar os impostos. Ainda era dividido em o alto clero, que era os de origem nobre (bispos, abades e cônicos), e o baixo clero, de origem plebeia (sacerdotes pobres).
Nobreza:
somente 2,5% da população era nobre. Como o clero, eles não pagavam
impostos e tinham acesso a cargos públicos. Nessa classe estava o rei,
sua família e os nobres que frequentavam o palácio. A Nobreza cortesã eram aqueles que moravam no Palácio de Versalhes, a Nobreza provincial, eram nobres que viviam no interior e a Nobreza de toga, eram burgueses que compravam títulos de nobreza, cargos políticos e administrativos.
Terceiro Estado: 95% da população pertenciam a essa classe, que
era responsável pela sustentação do reino francês. Entre eles estavam a
burguesia, os camponeses, artesãos e o proletariado. A burguesia era
composta pelos grandes comerciantes, banqueiros, advogados, médicos.
Eles detinham o poder econômico, por meio do comércio e da indústria,
porém não tinham direitos políticos, ascensão social nem liberdade
econômica.
Desde que Luís XIV,
o Rei Sol, assumiu o reinado, a França encontrava-se cheia de dívidas
advindas de antigos reinados, das guerras de conquista da monarquia e da
manutenção da corte, que era bastante luxuosa. Após a participação do
país na Guerra de Independência dos EUA e na Guerra dos Sete Anos os
gastos aumentaram consideravelmente.
O rei detinha o poder absoluto, controlando todas as áreas:
economia, justiça, política e até a religião. O povo não tinha voz, não
podia votar, nem sequer dar opinião sobre o governo, e os que se
opunham ao Estado eram presos na Bastilha ou condenados à guilhotina.
A população vivia em condições precárias e grande parte eram camponeses pobres que trabalhavam em latifúndios ou feudos dos nobres. Grande parte dos salários eram revertidos em impostos altíssimos que pagavam a vida boa da nobreza e da Família Real.
Estima-se que a revolução teve início quando Luís XVI tentou criar
reformas tributárias, mas sofreu muita rejeição dos nobres e cleros. Em
busca da manutenção dos seus privilégios, os nobres se juntaram à burguesia no que ficou conhecido como a Revolta da Aristocracia. Luís XVI resolveu convocar a Assembleia dos Estados Gerais em 1789 para tentar evitar a revolução que estava se formando.
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